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História, lugares e memórias

Este foi o tema da webConferência realizada pelo projeto Andanças Culturais
publicado: 01/07/2020 18h31, última modificação: 01/07/2020 18h31

      O projeto de extensão “Andanças culturais: experiências na cidade de Areia-PB” desenvolvido pela Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Agrárias (BSCCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizou nesta última sexta feira (26/06/2020), às 15h, a webconferência intitulada “Andanças Culturais em Areia: história, lugares e memória” ministrada pela colaboradora do projeto e Arquiteta Natállia Azevedo, atualmente chefe do escritório técnico do IPHAN na cidade de Areia/PB. A conferência faz parte das atividades do #ColetivoDeSaberes, que é uma parceria da Biblioteca com os projetos de extensão por ela desenvolvidos, surgindo como uma proposta de partilha de experiências e conhecimentos em um contexto de isolamento social.

      Natállia apresentou informações importantes no que tange aos aspectos históricos e geográficos da criação e desenvolvimento do município de Areia/PB. A palestrante mostrou como se deu a explosão populacional, apontando pontos existentes na cidade que contribuíram para torná-la o que ela é hoje, um lugar cheio de história, lugares ricos em memória.

      O conhecimento sobre os aspectos que nortearam a criação de uma cidade tão preciosa faz com que tenhamos noção de como se dá o surgimento dos aspectos populacionais da mesma. Pontos existentes na cidade que no presente apresentam aspectos modernos, escondem memórias que têm muito significado. A praça que localizava-se na frente da câmara municipal antes um ponto de encontro de famílias e amigos, hoje o prédio do Banco do Brasil, o espaço tornou-se um ponto comercial. O Casarão José Rufino, por exemplo, é importantíssimo na história porque a cidade de Areia vai se instalar na sede das seis maria do Francisco Jorge de Torres, dono deste sobrado. E foi ele quem financiou a construção de edifícios necessários para a fundação de Vila como a casa de câmara e cadeia, promoção do alinhamento das ruas, melhorias, investimento na construção da paroquia, etc.

      Além disso, Areia é uma cidade rica em histórias e cheia de personalidades como o pintor Pedro Américo e Simeão Leal, que foi relator da presença da Nau catarineta de Areia, expressão que só era usada em cidades marítimas mas que por algum motivo surgiu na cidade do brejo. Simeão Leal ainda elaborou gravações e desenhos a mão de como a Nau catarineta de Areia era feita, e foi traçando as relações dela com a da cidade de Cabedelo.

      No centro da cidade ainda presente os indícios da existência do armazém do pai de Simeão Leal, o casario das 11 portas na época era uma construção de uma casa só, hoje encontra-se separada em três casas, onde funciona pontos comerciais. A escola Álvaro Machado que surge no lugar onde era a antiga forca da cidade. O ponto inicial onde os tropeiros repousavam dando início ao ajuntamento no território que se tornaria a cidade de Areia, que é justamente na região do bairro Jussara.

      A pluralidade das informações da cidade que conhecemos hoje é infinitamente importante para o desenvolvimento da história pessoal das pessoas que ali nasceram, cresceram, e se encontraram ainda moradores da cidade. As revoluções, os movimentos, os destaques que molduram a prosperidade da cidade faz com que o povo deixe marcado em seus corpos a essência de fazer parte de algo histórico.

      Areia é uma terra de cultura, de história, de memória. É uma cidade que abraça os que são de dentro e os que chegam de fora, seu clima europeu cativa os viajantes, encanta os filhos e filhas que param para respirar uma terra que carrega em si a marca de ser uma cidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional.

 

Texto
Jhonanta do Nascimento Silva
Extensionista
Revisão
Edilson Targino de Melo Filho