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O Comitê de Mulheres da UFPB está em destaque em reportagem que é finalista do “Troféu Mulher Imprensa”, publicada no site The Intercept Brasil

por Ivandro Candido publicado: 12/02/2020 15h21, última modificação: 12/02/2020 15h21

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Ilustração: Ana Persona/The Intercept Brasil

 

A reportagem “ABUSOS NO CAMPUS - Mais de 550 mulheres foram vítimas de violência sexual dentro de universidades desde 2008” está entre as finalistas do Troféu “Mulher Imprensa” – 14ª Edição, prêmio idealizado e promovido pela revista e portal IMPRENSA, tendo como missão difundir o trabalho das mulheres na comunicação em todo o Brasil e fomentar a pauta dos direitos da mulher.

(link para votação: http://www.portalimprensa.com.br/trofeumulherimprensa/14edicao/votacao_reportagem_especial_serie_mulher.asp?fbclid=IwAR1t3do6YmemfE7o8xjy89FJMIOpdFczYthCnL6Mn8Z8LyQoxRvrxaDeEBc  )

Um levantamento inédito feito pelo Intercept indica que, desde 2008, pelo menos 556 mulheres, entre estudantes, professoras e funcionárias, foram vítimas de algum tipo de violência em instituições de ensino superior.

O The Intercetp Brasil fez um levantamento inédito que mostrou que mais de 550 mulheres já foram vítimas de violência sexual dentro de universidades no país. Dentro desses casos, 31 foram no Nordeste. O maior número de registros aconteceu no ano passado, com 51 denúncias. Até setembro deste ano foram 23 denúncias. Leia reportagem completa: https://theintercept.com/2019/12/10/mais-de-550-mulheres-foram-vitimas-de-violencia-sexual-dentro-de-universidades/

A Universidade Federal da Paraíba é uma das poucas universidades do país a criar serviço para atender mulheres em situação de violência, segundo levantamento inédito feito pelo The Intercept, acerca de abusos contra mulheres no âmbito de instituições de Ensino Superior.

“[A UFPB] fundou o Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres na UFPB, o primeiro serviço do tipo nas federais brasileiras. A iniciativa, aprovada pelo conselho universitário em setembro de 2018 e inaugurada em março de 2019, partiu da ‘luta organizada das mulheres da comunidade universitária'”, cita trecho da reportagem. Este Comitê conta com a participação da Professora Gisele de Castro Menezes, docente do Departamento de Ciências Veterinárias-CCA-Campus II da UFPB.

A UFPB também faz parte das 40 de 122 instituições (33 públicas, 7 particulares) que responderam à reportagem. Segundo o site The Intercept, desde 2008, pelo menos 556 mulheres, entre estudantes, professoras e funcionárias, foram vítimas de algum tipo de violência em instituições de ensino superior no país.

Conforme informações da ASCOM/UFPB, o “Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (CoMu) da UFPB foi inaugurado no dia 25 de novembro deste ano. Na ocasião, Protocolo de Intenções foi assinado pela reitora Margareth Diniz, pela secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa Adriana Urquiza, pelo secretário de Segurança e da Defesa Social do Estado da Paraíba Jean Francisco Bezerra Nunes e pela secretária da Mulher e da Diversidade Humana do Estado da Paraíba Gilberta Soares.

O documento tem por objetivo a cooperação entre as partes na realização de ações de prevenção e enfrentamento às violências contra as mulheres, proporcionando às mulheres que convivem na UFPB o acolhimento e o atendimento nos serviços e programas já disponibilizados pelas partes. Na solenidade, também houve a posse das conselheiras eleitas para o Conselho Gestor do CoMu.

O CoMu foi criado pela Resolução n° 26/2018, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni), e desde março vem atendendo mulheres em situação de violência que estudam, trabalham e convivem na UFPB. Ao todo, há 25 mulheres acompanhadas pelos setores de acolhimento e enfrentamento, sendo uma média de cinco novos casos por mês.

A maioria das mulheres atendidas é parda ou branca (32%), estudante (68%) e 16% são mulheres trans. As principais queixas de violência são de assédio moral (20%), violência institucional (17,1%) e assédio sexual (14,2%). Das violências sofridas, 84% ocorreram dentro da UFPB. Professores, chefes e estudantes (16,6%) são os principais agentes violadores.

Das mulheres acompanhadas, 12% possuem processo administrativo disciplinar contra os agressores e 60% foram encaminhadas para algum serviço de psicologia ou já estava em acompanhamento psicológico”.

Ação desenvolvida no CCA

Ainda nesta temática, vale salientar o trabalho realizado pela Professora Anita Leocádia Pereira dos Santos, do Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais. A referida docente executa projetos de extensão desde 2011, abordando o tema da violência contra as mulheres. Atualmente, está em execução um projeto intitulado “A educação pelo fim da violência contra as mulheres”,  o qual envolve 18 municípios paraibanos.

Um dos resultados deste projeto foi a realização do primeiro Fórum de Educação pelo fim da violência contra as mulheres, que ocorreu no Auditório do Prédio Central do CCA, no dia 6 de dezembro de 2019.