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Nota de Pesar - Manoel Francisco Amorim
A Diretoria do CCA/UFPB comunica, com profundo pesar, o falecimento do ex-aluno do curso de Agronomia, Manoel Francisco de Amorim, carinhosamente conhecido por "Mané Vaqueiro". Manoel foi vítima de um acidente automobilístico no estado do Maranhão, na manhã do dia 23 de abril.
Como homenagem póstuma, deixamos aqui aos amigos e familiares as palavras do nosso prof. Daniel Duarte Pereira:
"Mané Vaqueiro.
As estradas. Ah as estradas!
Tão desejadas e muitas vezes tão maltratadas.
Destinam carros, pessoas, animais.
Mas destinam também sonhos, esperanças, anseios, frustrações, desânimos, vidas e...morte!!!
Foi uma Estrada, tão bem cantada por Bia Marinho, que levou o seu compositor Zé Marcolino.
Foi uma estrada que nos levou Mané Vaqueiro, Guiga ou Mané de Galante.
Um estrada em terras maranhenses próxima a Caxias.
Manoel foi estudante do Centro de Ciências Agrárias - CCA/UFPB em Areia.
Logo enturmado com tod@s passou a ser respeitado, se não pela teoria, mas pelo seu extremo conhecimento prático de terras e de bichos. Em especial destes últimos.
Por vezes calado, mas muitas vezes sorridente era dotado de humildade, generosidade e prestatividade que, muitas vezes, até traziam prejuízo para o mesmo.
Mas ser amigo de Mané Vaqueiro era saber que se tinha, também, um amigo. Um grande amigo!
Daqueles que come um quilo de sal junto com você, ou por você.
Amigo por vezes excêntrico, por vezes meio irresponsável principalmente, quando o apelo do mugido dos bois ou o relinchar dos cavalos se faziam superiores as cantinleas acadêmicas dos quadros negros.
E aí não tinha jeito. Mané Vaqueiro desembestava para onde tivesse uma vaquejada, um leilão ou qualquer outra atividade ligada ao rural. Se regada a uma cerveja ou animada por um forró, melhor!
O tempo passou!!!
Perdemos o contato. Mas, ainda esta semana, eu me lembrei dele e me perguntei: Por onde anda Mané Vaqueiro?
Antes que eu verbalizasse a pergunta chega a notícia de que a estrada o levou do nosso convívio.
Mané Vaqueiro não era para ter morrido em um estrada, mesmo voltando de uma vaquejada.
Mané Vaqueiro não era para ter morrido de uma queda de cavalo ou de uma chifrada de boi brabo.
Pessoas como ele não morrem jamais!!!
Ele era, é e será uma daquelas pessoas amigas que sempre lembraremos com um sorriso e nunca com lágrimas.
Ele não era disso. E nós, em respeito a ele, nunca o seremos.
Embora a tristeza ocupe os nossos corações e mentes, todos nós que convivemos com ele sabemos que nunca teremos uma lembrança triste. Pois, Mané Vaqueiro era alegria.
Neste sábado tão tristonho não são apenas gados e cavalos que estão a relembrar Mané Vaqueiro.
É toda uma legião de amigos e amigas que lamentam o Vaqueiro que não vem mais aboiar!!!
Mané Vaqueiro. Presente!"