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Ex aluna do CCA é citada como destaque em matéria sobre mulheres na pesquisa
(Este texto é de autoria de Ivandro Candido e não corresponde, necessariamente, à opinião da Diretoria ou da comunidade do CCA)
No decorrer da história, as mulheres têm conquistado seu espeço em várias esferas sociais. Estas conquistas são resultado de muitas lutas e determinação, já que em vários momentos, as mulheres foram silenciadas, tratadas com preconceito e tiveram sua participação literalmente apagada. Ainda hoje, este tema deve ser muito divulgado e debatido, pois, as mulheres enfrentam preconceitos, são vítimas da violência e são sub representadas no que se refere à participação e representatividade em cargos de alta hierarquia, o que representa a desigualdade de gênero.
Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial[1] , publicado em dezembro de 2019, se permanecermos em conformidade com o cenário atual em relação à desigualdade de gênero nos setores da política, economia, saúde e educação, a desigualdade global entre homens e mulheres será eliminada daqui a aproximadamente 257 anos. No mínimo, caso haja um desenvolvimento acelerado, esse número baixa para 94,5 anos. Segundo o mesmo relatório, a Islândia permanece como país mais igualitário do mundo, seguido pela Noruega, Finlândia e Suécia. O Brasil subiu 3 posições no ranking, na comparação com o ano 2018, porém, ficou no 92º lugar. Desta maneira, comprova-se que existe, mundialmente, um grande problema de desigualdade de gênero.
Embora alguns passos para a mudança tenham sido dados, devemos sempre lembrar do que bem afirmou Simone de Beauvoir, “nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”. Não é difícil perceber que estes espaços e direitos estão sempre em tensão e em disputa devendo, por isso, serem reiterados a todo instante.
Devemos, também, promover o registro da participação das mulheres em suas carreiras profissionais para que se tenha, cada vez, mais exemplos que sirvam de inspiração e motivação. De acordo com Fritsch (2015) existem, até agora, muitos estudos sobre as barreiras que são enfrentadas pelas mulheres em suas carreiras, mas não tem se dado o devido valor às carreiras de sucesso que são encontradas nas instituições. Estas carreiras, deveriam ser investigadas para se identificar e divulgar as estratégias utilizadas por estas mulheres para se tornarem profissionais de sucesso.
Por este motivo, apresento aqui a matéria intitulada "Embrapa: Mulheres Pesquisadoras são histórias que inspiram em Petrolina", realizada pela "Redação redeGN", a qual traz mulheres que se destacam na pesquisa e são fonte de inspiração.
Dentre as pesquisadoras mencionadas, está a nossa Ex aluna Luana Ferreira. Ela nasceu em Areia, Paraíba, é Graduada em Engenheira Agronômica pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba-CCA/UFPB, doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba, com pesquisa desenvolvida na EMBRAPA – Semiárido e estágio pós-doutoral pelo Programa de Ciência e Tecnologia de Alimentos, ESALQ/USP. Atualmente é bolsista de pós-doutorado na Embrapa Semiárido, Petrolina, desenvolvendo pesquisa voltada para o armazenamento de manga em atmosfera controlada.
Luana certamente foi inspirada pelas nossas pioneiras Nyedja do Nascimento Silva e Maria das Dores Monteiro Baracho. Professora Nyedja foi a primeira aluna da Escola de Agronomia do Nordeste-EAN (hoje CCA), primeira mulher a se formar em Agronomia em uma instituição paraibana (a primeira mulher paraibana a se formar em Agronomia foi Francisca Loureiro Pegado, no entanto, formou-se na Escola de Agronomia do Ceará, na turma de 1939). Nyedja também foi a primeira mulher a ser professora da EAN; Professora Maria das Dores foi a primeira areense a estudar, a se formar e a ser professora nesta instituição.
Para ler a matéria na íntegra, clique no link:
Embrapa: mulheres Pesquisadoras são histórias que inspiram em Petrolina
[1] http://www3.weforum.org/docs/WEF_Global_Gender_Gap_Report_2020_Press_Release_Portuguese.pdf